Oi gente!!
Hoje tem mais um post da série “De Tudo um Pouco”!
Somos 3 amigas de 3 diferentes regiões do país: Angelica Cirne – Nordeste, eu – Sudeste e Tania Martyns – Sul, com diferentes olhares sobre diversos assuntos, mas sempre com o mesmo foco: as coisas leves, lindas e legais da vida! De tempos em tempos teremos um mesmo tema com 3 perspectivas, acompanhe a nossa jornada e divirta-se conosco!
O tema de hoje é ‘Comida’ e tudo o que nos dá água na boca!!
Só não espere encontrar aqui receitinhas ou dicas culinárias. Infelizmente nunca tive muita aptidão na cozinha, logo, não sou muito boa cozinheira! Mas isso não me impede de falar sobre as memórias às quais a comida me remete, sobre as histórias de família, os cadernos de receitas que passam de geração para geração!
Comer é muito bom, né!? Quem não acha que atire a primeira pedra… rs!
Passamos boa parte da vida comendo! Se pensarmos em 1 único dia fazemos ou deveríamos fazer ao menos 6 refeições: 1) café da manhã; 2) uma fruta no meio da manhã – considerando que devemos comer a cada 3 horas; 3) na sequência o almoço; 4) no meio da tarde mais um lanchinho ou o café da tarde; 5) o jantar e 6) um leite ou chá antes de dormir.
Mas comer, além de ser uma necessidade básica do ser humano, tem um poder especial: nos faz voltar no tempo trazendo lembranças de família, de pessoas, de lugares, de momentos…
Quem nunca sentiu o perfume de um bolo feito em casa e lembrou de uma avó!?
Quem nunca comeu fruta fresca, colhida no pé e voltou à infância!?
Quem nunca comeu uma massa caseira e lembrou de alguém que gostava de reunir a família e colocar a mão na massa!?
Quem nunca tomou um café e se lembrou de uma amiga querida com quem é muito bom dividir o momento !?
Uma das receitas que mais me remete à infância e me faz voltar no tempo são os deliciosos bolinhos de chuva! Minha avó paterna fazia sempre que íamos dormir na casa dela e era uma delícia!! Bastava o tempo ficar meio nublado e chuvoso e lá iam todos os netos para a cozinha! Não me lembro ao certo se a ajudávamos na preparação da massa – sei que da fritura, com certeza não; mas era toda uma expectativa até o bolinho ficar pronto, ser passado no açúcar com canela e liberado para comer!
Quando as minhas sobrinhas cresceram um pouco, resolvi repetir o ritual com elas, para que estes momentos não se perdessem! Fiz até uma página de scrap para registrar a carinha delas fazendo e comento bolinho de chuva ( a página tem receita e tudo – aqui o link para o post).
Assim repetimos a receita sempre que elas vêm aqui em casa – como a minha avó fazia conosco, e agora já contamos com a participação do caçula da família, meu sobrinho Maurício, que gosta mais da bagunça de fazer do que de comer os bolinhos.. rs!
Comida para mim é isso, tão importante quanto o que estamos comendo é com quem estamos dividindo a mesa e a preparação dos alimentos!
E para quem gosta de ler, fica a dica de um livro super bacana que fala um pouco sobre tudo isso: “O arroz de Palma”.
“Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente”.
…
“Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete”.
Agora vamos ver o que as meninas nos contam?
Angélica Cirne – http://www.designbyangel.com.br/
Tania Martyns – http://bytaniamartyns.blogspot.com.br/
Espero que tenham gostado do tema de hoje!
Beijos e até o próximo post!
Suas postagens são sempre uma poesia que ALIMENTAM a nossa alma, demais Pati, você é mesmo um ser de luz que faz um tema que poderia ser só um apanhado de fotos se transformar numa coisa especial. Bjs
Me emocionei e muito com seu post, adorei cada linha, cada centímetro de página.
Este tema foi forte para mim, estou passando por um momento chatinho, então as coisas tomam proporções maiores sabe?
Obrigado pelas palavras lá no blog, obrigado por lembrar de mim sempre, adoro você assim tipo muito!
Bjkas