Olá!
A revista Bons Fluidos de julho (Ed. 221) trouxe uma reportagem bem interessante falando sobre a memória das coisas e sobre a dificuldade que às vezes temos de nos desfazer de alguns objetos!
Quem nunca parou para fazer uma arrumação e não conseguiu se desfazer de coisas que estavam separadas para dar? Quem nunca comprou algo sem precisar e sem saber exatamente porquê estava comprando? No fundo esse tipo de atitude tem uma explicação.
Segundo a escritora canadense Laura Marks “… um objeto pode trazer à tona sentimentos e lembranças que jurávamos soterrados lá dentro da gente.” pag.26. Alguns objetos tem uma propriedade que a escritora gosta de chamar de radioatividade, uma forma de contaminação benigna.
… “As coisas que nos cercam, é preciso entender, não são feitas unicamente de matéria.”
Memórias de infância, lembranças que nos remetem à momentos e pessoas especiais em nossas vidas. Uma cadeira de balanço, pratos na parede, o jogo de chá da bisavó, uma antiga máquina fotográfica…
Algum tempo atrás fiz a página de scrapbook acima, para falar exatamente sobre isso. Minha avó materna tinha uma cadeira de balanço como a que está acima, onde adorava balançar toda vez que ia à casa dela. Alguns anos depois comprei uma cadeira igual, que havia sido da avó de um amigo. Ou seja, era uma cadeira que também trazia uma memória, uma história.
“Desde que nos entendemos por gente, os objetos que carregamos pela vida nos ajudam a contar a história de quem somos, a formar nossa identidade e a moldar como nos apresentamos ao mundo.”
No fundo, esses objetos não são exatamente nossos, mas uma colagem de um pouco de cada pessoa que já teve alguma ligação com eles. É a memória desses objetos que os tornam únicos e é por isso que muitas vezes não conseguimos nos desfazer deles.
E você, qual é a sua memória afetiva?